As pessoas possuem uma tendência a só assumir a responsabilidade pelo sucesso, procurando sempre um bode expiatório para o fracasso delas. É muito mais fácil e cômodo assim. Elas não se tornam mais a responsável pela própria infelicidade. É um processo até certo ponto natural de “vitimite”.
Apesar de ser um processo comum, esta é uma atitude funesta para o desenvolvimento, tanto do ponto de vista profissional, como no campo pessoal. Impede de que se faça uma auto-análise e descubra suas falhas, para corrigi-las e ter um futuro melhor.
Afinal, se eu não sou o responsável, não tenho o que corrigir!
Esta atitude advém do modelo administrativo herdado da cultura militar, altamente hierarquizada. Não quero dizer com isso que seja um modelo errado, mas sim, ultrapassado para os dias atuais. Ultrapassado sim! E muito! Embora não deva ser completamente ignorado; existem valores a serem repensados e atualizados.
Hoje as pessoas possuem um grau de conhecimento infinitamente maior do que a um século atrás, permitindo-lhes compreender muito mais do que ocorre ao seu redor, assumir responsabilidades e compromissos muito mais complexos.
Entretanto, existem empresas que ainda hoje se utilizam da administração tradicional, onde o “chefe” é o responsável único e exclusivo pelo planejamento, organização, comando, coordenação e controle. Ao funcionário subordinado cabe-lhe exclusivamente o cumprimento das tarefas que lhe são estabelecidas.
Este modelo de administração promove, sem qualquer resquício de dúvida, um batalhão de talentos subaproveitados. É o modelo em que a empresa só contrata o corpo, desperdiçando o cérebro.
Estas empresas de gestão tradicional consideram que as pessoas não conseguem produzir quando não são submetidas a rígido controle. Elas não têm a menor responsabilidade pelo sucesso ou fracasso da empresa. Também não conseguem estabelecer nenhum compromisso com os resultados da empresa. Tornam-se meros coadjuvantes do processo, cumpridores de tarefas e horários.
A estas empresas cabem duas alternativas: ou sucumbem no mercado, ou promovem uma verdadeira virada de mesa no modelo de gestão. Não estamos mais em tempos de desperdiçar cérebros e talentos.
Basta vermos o que está acontecendo com empresas internacionalmente conhecidas e será claro saber qual modelo de gestão a tomar. A General Motors, a maior montadora dos Estados Unidos está passando por uma das mais graves situações por conta de um modelo de gestão ultrapassado. Do outro lado, vemos uma empresa como a Google, que se torna a cada dia, mais e mais importante na webesfera.
Se para as empresas cabem duas alternativas, qual o destino de todos nós funcionários, sejamos nós o mais simples operário ou o mais graduado executivo?
Assumirmos um posicionamento positivo, compromissado, responsável. Ou você prefere continuar a ser um mero cumpridor de tarefas e horários?
Seja um líder de si mesmo! Isto o motivará a trabalhar com amor e dedicação. Trabalhar deixará de ser um fardo para ser um prazer. Sua mudança de conduta com certeza influenciará os demais ao seu redor, promovendo uma mudança positiva no ambiente de trabalho.
O mais tirano dos chefes conseguirá compreender essa sua mudança para melhor e até se torne melhor também. Se esse chefe porém, não aceitar sua melhoria, ou você busca uma nova colocação imediatamente ou aguarda o fim da empresa ou de sua permanência nela para buscar um novo espaço.
Não dá mais para fugir a responsabilidade. Estamos em um novo tempo, onde os paradigmas administrativos estão sendo derrubados um a um. Não podemos nos furtar a esta situação.
Não existe outro responsável pela sua infelicidade do que você mesmo. Você é o seu próprio problema (ou solução). Abandone de vez a “vitimite” e seja feliz!
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